O movimento feminista no Brasil tem uma longa e rica história de luta por direitos e igualdade. Ao longo das décadas, inúmeras mulheres se destacaram como ativistas, dedicando suas vidas à causa e inspirando gerações. Neste artigo, apresentamos 10 ativistas do feminismo no Brasil que você precisa conhecer. Essas mulheres, com suas trajetórias e contribuições únicas, têm desempenhado um papel fundamental na construção de uma sociedade mais justa e igualitária.
Bertha Lutz (1894-1976)

Bertha Lutz foi uma das pioneiras do feminismo no Brasil. Bióloga, política e diplomata, ela fundou a Federação Brasileira pelo Progresso Feminino em 1922. Lutz lutou incansavelmente pelo direito ao voto feminino, conquistado em 1932, e representou o Brasil na Assembleia Geral da ONU em 1945.
Lélia Gonzalez (1935-1994)

Lélia Gonzalez foi uma intelectual, professora e ativista negra. Ela foi uma das fundadoras do Movimento Negro Unificado (MNU) e do Nzinga – Coletivo de Mulheres Negras. Gonzalez dedicou sua vida à luta contra o racismo e o sexismo, defendendo a interseccionalidade e a valorização da cultura afro-brasileira.
Maria da Penha (1945-)

Maria da Penha é uma farmacêutica e ativista que se tornou um símbolo da luta contra a violência doméstica no Brasil. Após sofrer duas tentativas de feminicídio por parte do ex-marido, ela lutou por justiça e pela criação de uma lei mais rígida. A Lei Maria da Penha, sancionada em 2006, é uma das mais avançadas do mundo no combate à violência contra a mulher.
Marielle Franco (1979-2018)

Marielle Franco foi uma socióloga, feminista e política brasileira. Eleita vereadora no Rio de Janeiro em 2016, ela defendia os direitos humanos, a igualdade de gênero e o combate à violência policial nas favelas. Marielle foi brutalmente assassinada em 2018, um crime que chocou o país e mobilizou protestos em todo o mundo.
Maria Amélia de Almeida Teles (1944-)

Conhecida como Amelinha Teles, ela é uma ativista feminista e defensora dos direitos humanos. Durante a ditadura militar, Amelinha foi presa e torturada junto com seus familiares. Desde então, dedica-se à luta pelos direitos das mulheres e pela memória das vítimas da ditadura.
Sueli Carneiro (1950-)

Sueli Carneiro é uma filósofa, escritora e ativista antirracista. Fundadora do Geledés – Instituto da Mulher Negra, ela tem se destacado na luta pelos direitos das mulheres negras e na denúncia do racismo estrutural na sociedade brasileira. Carneiro é uma referência no feminismo negro e na produção intelectual sobre raça e gênero.
Débora Diniz (1970-)

Débora Diniz é uma antropóloga, professora e ativista do feminismo no Brasil. Ela é uma das principais vozes na defesa dos direitos sexuais e reprodutivos das mulheres no Brasil. Diniz tem atuado em casos emblemáticos no Supremo Tribunal Federal, como a descriminalização do aborto em casos de anencefalia.
Djamila Ribeiro (1980-)

Djamila Ribeiro é uma filósofa, escritora e ativista do feminismo negro. Autora de livros como “O que é lugar de fala?” e “Pequeno manual antirracista”, ela tem se destacado no debate público sobre raça, gênero e representatividade. Ribeiro é uma voz influente nas redes sociais e na mídia, promovendo a conscientização e o empoderamento das mulheres negras.
Indianara Siqueira (1971-)

Indianara Siqueira é uma ativista transfeminista e defensora dos direitos LGBTQIA+. Fundadora da Casa Nem, um espaço de acolhimento para pessoas trans e travestis no Rio de Janeiro, ela tem lutado contra a transfobia e a marginalização da população trans. Siqueira é uma referência na resistência e na construção de redes de apoio e solidariedade.
Antônia Pellegrino (1982-)

Antônia Pellegrino é uma escritora, roteirista e ativista feminista. Ela tem se destacado na luta contra a violência sexual e o assédio, especialmente no meio artístico e cultural. Pellegrino é uma das criadoras do coletivo “Me Too Brasil” e tem usado sua visibilidade para denunciar casos de abuso e promover a conscientização sobre o tema.
Essas são apenas algumas das inúmeras mulheres que têm dedicado suas vidas à luta feminista no Brasil. Suas trajetórias e contribuições são fundamentais para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária. Conhecer e celebrar essas ativistas é essencial para inspirar novas gerações e fortalecer o movimento feminista em todas as suas frentes de atuação. Que seus exemplos nos guiem na busca incansável por direitos, representatividade e emancipação de todas as mulheres brasileiras.